Em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, tomaram posse nesta quinta-feira (4/5) os 246 integrantes do novo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS, o Conselhão), colegiado responsável por assessorar a Presidência da República na formulação de políticas públicas e diretrizes para o desenvolvimento econômico social sustentável do país. A diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, é uma das conselheiras convidadas a participar do Conselhão.

O colegiado é formado por representantes dos mais diversos setores da sociedade brasileira, de sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras e movimentos sociais, a grandes empresas, classe artística e influenciadores digitais, entre outros.

Veja aqui a lista completa dos 246 integrantes do CDESS.

Fome e crise climática: os dois grandes desafios

Na parte da tarde, foram realizadas duas mesas de diálogo entre integrantes do governo e conselheiras e conselheiros. Uma delas era formada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), e a outra pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).

O Brasil tem dois grandes desafios no enfrentamento de suas desigualdades: a fome e a crise climática, afirmou Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. A diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, fez uma fala durante a segunda mesa, destacando dois pontos fundamentais que dão a medida do tamanho do desafio que o Brasil tem em relação `às desigualdades: a fome e a crise climática.

“No Brasil, nós normalizamos a miséria e o fato de termos 33 milhões de pessoas passamos fome, apesar de termos alimentos para elas”, afirmou Katia Maia. “Temos um país absolutamente desigual com uma concentração de riqueza inaceitável do ponto de vista ética. É importante a gente trazer para o Conselho essas coisas que vão tocar em pontos mais profundos de como a gente vê a sociedade que a gente quer.”

“Nós queremos uma sociedade com menos bilionários e com mais pessoas incluídas. Queremos uma sociedade com menos extrema riqueza e mais distribuição para o conjunto da população.”