Relatório anual da ONG Mercy for Animals classifica ações para bem-estar animal de empresas da América Latina

BRF, Danone e Barilla alcançaram nível ouro na terceira edição do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais

Mercy For Animals (MFA), ONG focada na proteção e defesa dos animais, anunciou na terça-feira (26) o resultado do Monitor de Iniciativas Corporativas pelos Animais (MICA), um ranking anual que avalia o desempenho de empresas da América Latina e suas cadeias de fornecimento no avanço de políticas de bem-estar animal.

Em sua terceira edição, o MICA destacou a BRF, a Danone e a Barilla que alcançaram o nível ouro — quando 100% dos ovos em sua cadeia de fornecimento são provenientes de galinhas livres de gaiolas. O ranking avaliou 58 empresas, analisando dados públicos e informações coletadas na plataforma Welfare Progress.

“O bem-estar animal é um dos tópicos considerados no questionário para a avaliação de empresas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 e segundo a pesquisa “Hábitos Sustentáveis e Consumo Consciente”, da CNI, metade das pessoas entrevistadas verificam se o produto que vão adquirir foi produzido de forma sustentável. Por isso, o MICA é tão importante, já que ele não se limita apenas a ranquear os líderes de mercado; ele atua como um pilar fundamental na promoção da transparência, oferecendo orientação para decisões estratégicas que influenciam metas e indicadores ESG”, afirma Cristina Mendonça, diretora executiva da MFA no Brasil.

“O bem-estar animal é um dos pilares estratégicos do nosso plano de sustentabilidade. Temos conquistado importantes avanços nessa agenda, como por exemplo o cumprimento antecipado, no início deste ano, do nosso compromisso de garantir que 100% das aves do sistema de integração globalmente, no Brasil e na Turquia, sejam livres de gaiolas”, explica Raquel Ogando, diretora de Reputação e Sustentabilidade da BRF. Ainda segundo a executiva, a Companhia atua com base nas melhores práticas do mercado, aliadas a projetos, metas públicas e certificações de bem-estar animal.

“Não há dúvidas de que o bem-estar animal é um fator competitivo para as empresas alimentares e um requisito essencial quando se trata de assumir um papel de liderança na indústria. Apesar de não sermos uma indústria que trabalha com produtos 100% de origem animal, todos os anos a Barilla utiliza aproximadamente 24.000 toneladas de ovos de quase 2 milhões de galinhas. Ter definido as Diretrizes sobre Bem-Estar Animal para garantir que todos os animais da cadeia de abastecimento sejam respeitados é de extrema importância para a companhia. Receber o selo ouro do MICA é o reconhecimento de que estamos no caminho certo para uma indústria alimentícia mais sustentável. Queremos ser espelho e mostrar que o setor de alimentos pode, sim, andar de mãos dadas com a sustentabilidade”, afirma Eldren Paixão, gerente de compras da Barilla Brasil.

Bem-estar das galinhas

O Brasil não tem regulamentação específica sobre a criação livre de gaiolas, o que se agrava em um mercado altamente pulverizado. Dos animais criados para o consumo, as galinhas da indústria de ovos estão entre os que mais sofrem. Estima-se que haja mais de 175 milhões de galinhas poedeiras no Brasil, que produziram o recorde de 4,06 bilhões de dúzias de ovos em 2022, segundo o IBGE.

Em uma sociedade onde a sustentabilidade ganha cada vez mais espaço nas escolhas do público consumidor, e a indústria de alimentos tem se movimentado em direção a práticas que se alinham às demandas desse público e de investidores ainda mais exigentes, o MICA tem um papel fundamental ao avaliar o desempenho de empresas e suas cadeias de fornecimento no avanço de políticas de bem-estar animal. O índice mostra como os líderes nos segmentos de alimentação e hotelaria incorporam o tema na agenda ESG.

“A Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente reconheceu oficialmente a conexão entre bem-estar animal, meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. As empresas têm papel essencial em atuar na resposta a essas demandas e no atingimento da Agenda 2030 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. E o MICA é uma ferramenta para que possam se guiar na jornada rumo à transição para uma produção mais sustentável”, afirma Cristina Mendonça, diretora executiva da MFA no Brasil.

(Assessoria de Imprensa)

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