Projeto do Grupo AfroReggae já capacitou 600 alunos

Ao criar o Afrogames, o projeto proporciona capacitação profissional em Programação e Design, além de oferecer cursos em títulos de games como Free Fire

Nos últimos anos, o Rio de Janeiro vem se consolidando como um protagonista no cenário de jogos eletrônicos, contribuindo significativamente para o crescimento do setor no Brasil. A ascensão exponencial do hábito de se divertir com jogos eletrônicos, conforme indicado pelos dados recentes da pesquisa Game Brasil 2023, que 70% dos brasileiros afirmam ter o hábito de se divertir com jogos eletrônicos. Um crescimento exponencial quando comparado com os últimos anos: 2020 (57,1%), 2021 (68%), 2022 (76,5%), reflete não apenas uma mudança nos gostos culturais, mas também o impacto positivo das iniciativas pioneiras no estado.

O Grupo Cultural AfroReggae muito contribuiu para esse cenário ao criar o AfroGames, primeiro centro de capacitação em games e esportes eletrônicos dentro de favela no mundo, onde investem em cursos de capacitação profissional na área de Desenvolvimento de Games e Designer de Games, iniciativa que tem o objetivo de criar renda dentro das favelas cariocas. Além das iniciativas em Programação e Design, o projeto oferece cursos em títulos de games como Free Fire, jogo que se tornou a paixão dos jovens e democratizou o cenário competitivo no Brasil, Valorant, Fortnite e EA SPORTS FC (Fifa).  

Até o momento, cerca de 600 alunos se formaram em quase 5 anos de AfroGames. Em 2024 o projeto já conta com cerca de 140 novos alunos inscritos.

Dois exemplos inspiradores, que são orgulho da instituição, são os jovens Felipe Ribeiro (25) morador de Jardim América e Thiago Lima (31), morador do Timbau, alunos dedicados que emergiram como promessas nesse campo em constante evolução. Ambos estão atualmente envolvidos em projetos inovadores que não apenas demonstram suas habilidades técnicas, mas também refletem a diversidade e a criatividade presentes na cena dos jogos eletrônicos no Rio de Janeiro.

“Iniciei como aluno no projeto no ano de seu surgimento em 2019, fazia programação e decidi mudar de modalidade, comecei a fazer aula de League of Legends e foi onde surgiu a oportunidade de atuar como jogador profissional no time do projeto, depois da saída do time fiz teste para atuar como professor da mesma modalidade, desde então sigo com este cargo no projeto, porém dando aula de Game Design”, comentou Felipe.

“Comecei a cursar Desenvolvimento de Jogos em 2019 com alguns conhecimentos prévios de ilustração e animação, antes de começar a cursar não me passava pela cabeça que ia sentir vontade de me profissionalizar nessa área, Depois de me formar, me foi oferecido uma proposta de trabalho como educador nas unidades do AfroGames da Maré, sou muito grato pela oportunidade e fico muito contente de poder ensinar para pessoas que  residem em favelas assim como eu. O AfroGames me proporcionou um horizonte de possibilidades e acontecimentos extraordinários dos quais sou muito grato, em 2023 pude fazer minha primeira viagem para fora do País, fui para San Francisco participar de uma conferência de desenvolvedores de jogos (GDC), além das muitas GameJams que participei e todas as chances que tive de apresentar e exercer meu trabalho como animador/ designer para jogos”, descreveu Thiago.

Além dos feitos individuais, o papel de um coordenador Luca Alves é crucial para o sucesso contínuo dessas iniciativas. Desde 2019, exemplifica o perfil necessário para liderar com êxito a formação de profissionais na área de jogos eletrônicos. Sua visão estratégica e comprometimento com o desenvolvimento de talentos têm sido fundamentais para criar um ambiente propício à inovação e ao crescimento.

“É um desafio, pois é preciso estar atento ao déficit dos alunos sobre determinadas áreas de conhecimento que muitos acreditam ser de conhecimento geral, e para isso é de extrema importância uma metodologia bem pensada, e que possua formações em áreas que vão para além do desenvolvimento e e-Sports”, comentou Luca.

No entanto, apesar das conquistas notáveis, o caminho à frente apresenta desafios. É fundamental manter e expandir o apoio governamental e da iniciativa privada para garantir a sustentabilidade dessas iniciativas. Além disso, a integração de demais setores da sociedade é essencial para promover a inclusão e diversidade na indústria de jogos eletrônicos carioca.

(Assessoria de Imprensa)

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