Por Roberto Ravagnani (*)      

O voluntariado no Brasil acontece – ou melhor, aparece – em ondas. Existe a onda do Natal e fim de ano, quando todos os “corações” ficam mais amolecidos e muitos buscam alguma forma de encerrar o ano com a consciência mais leve realizando alguma ação para os menos favorecidos. Não importa o motivo, mas é uma época alvissareira para o voluntariado, pois muitos iniciantes chegam às portas de organizações sociais pelo mundo afora e muitos destes permanecem.

Outra onda é a época da Páscoa, quando também há uma mobilização grande para aqueles que querem levar um pouco do doce tão cobiçado por milhares de crianças, adoçando também, a possibilidade de muitos se aproximarem do trabalho voluntário.

Depois, temos o dia 28 de agosto que, no Brasil, é o Dia Nacional do Voluntariado, quando a imprensa, principalmente, se mobiliza de alguma forma e o assunto ganha destaque.

Não podemos esquecer do período que antecede o Natal, em 5 dezembro, que inspira uma vontade grande de muitas pessoas se lembrarem do voluntariado em função do Dia Internacional do Voluntariado.

Nesta data, muitos que passaram o ano falando dos assuntos mais diversos se movem para falar do assunto.

Talvez isto possa parecer uma crítica e, na verdade, é mesmo. Afinal, as pessoas só se movem em função de uma data e para conseguir mais likes, mais corações, mais audiência ou coisa que o valha, nas redes sociais.

Muitos nem sabem direito sobre o assunto, não praticam o voluntariado de forma rotineira, mas, nessas ocasiões, tornam-se especialistas nele, pois sabem que será a pauta daquele momento.

Isso é bom e, ao mesmo tempo, triste. É ótimo dar destaque a causa maior, mas é triste ver que o tema é sempre tratado de forma recortada, por um mote temporário resumido a uma data.

Cabe aqui lembrar que escrevo sempre sobre o tema, de forma rotineira, semanalmente, em dois idiomas e focado nesse assunto, 365 dias por ano, trazendo de forma simples o que buscam complicar com tecnologia, termos rebuscados ou palavras estrangeiras. Faço isso de forma voluntária, ou seja, praticando o tema.

Aqui aproveito para agradecer a cada parceiro que publica esta coluna, também de forma voluntária e sem patrocinadores.

Além dos agradecimentos, cabe aqui o reconhecimento da prática da cidadania e do maior conceito da comunicação, de levar informação, imparcial e de forma leve, adequada e compreensível, para o maior número de pessoas. Quero deixar minha reverência a cada meio de comunicação parceiro desta coluna. Muito obrigado e que possamos ampliar esta rede do bem.

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Roberto Ravagnani é palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201) e consultor especialista em voluntariado, ESG e responsabilidade social empresarial. Voluntário palhaço hospitalar, conselheiro diretor da Rede Filantropia, CEO da empresa de consultoria R. R. Desenvolvimento e Transformação Humana LTDA e do Prêmio VOL de Voluntariado, porta-voz pela ONU, Associado da VRS Consult da Guatemala, prof. de Voluntariado da PADLA University – México e único brasileiro consultor acreditado internacionalmente por Empresability. @roberto.ravagnani

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