Mês da Filantropia Negra acontece no mundo todo, em agosto, em busca de equidade nas ações filantrópicas

No Brasil, o GIFE organiza evento para discutir o amor como ferramenta de liberdade e ação social

O Mês da Filantropia Negra ou BPM (sigla do inglês Black Philanthropy Month) é um movimento global que acontece há 22 anos no mês de agosto, com o objetivo de transformar a filantropia negra, tornando-a mais poderosa e equitativa. Em todo o planeta, o BPM mobiliza cerca de 17 milhões de pessoas em 60 países. Hoje, no Brasil, o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), referência nacional em mobilização de Investimento Social Privado (ISP) e fortalecimento da filantropia no país, debate sobre esse tema na conferência “Love in Action – Amor em ação: Cultivando o Amor como Ferramenta de Liberdade e Ação Social”.

Segundo o site da organização, “o mote do evento remonta ao resgate do significado da filantropia como amor pela humanidade”. Para refletir sobre o assunto, o GIFE enfatiza o poder do amor-próprio negro como ato fundamental para promover direitos humanos, impulsionando justiça racial, social, econômica, de gênero e ambiental para as comunidades negras de diversos países.

Este ano, pela primeira vez, o Brasil recebe a criadora do Mês da Filantropia Negra, Dra. Jackie “Bouvier” Copeland. Além dela, outras autoridades no assunto marcarão presença, como Aline Odara, idealizadora e diretora-executiva do Fundo Agbara, primeiro fundo filantrópico de mulheres negras do país; Giovanni Harvey, diretor executivo do Fundo Baobá para a Equidade Racial; Paulo Rogerio Nunes, cofundador da aceleradora de impacto social Vale do Dendê, entre outros.

Em agosto do ano passado, Luana Génot, fundadora do Instituto Identidades do Brasil, escreveu um artigo sobre o BPM. No texto, ela reflete sobre o contexto brasileiro e sobre a existência de ações voltadas para negros e indígenas, mas questiona a ausência dessas pessoas em lugares de destaque nas organizações filantrópicas.

“Pessoas negras e indígenas estão entre os beneficiários, por conta de um recorte social, por estarem entre aquelas que estão nos estratos mais empobrecidos da sociedade. No entanto, mesmo com formação e competências, não estão entre as lideranças destas instituições filantrópicas”, conclui.

(Rafaela Eid, da Agência Pauta Social)

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