Instituto Liberta lança manifesto contra violência sexual infantil

A organização apoia que crianças e adolescentes tenham direito à informação para prevenção da violência sexual

O Instituto Liberta lançou um manifesto para que os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio tragam conteúdos relativos aos Direitos Humanos e à prevenção de todas as formas de violência, sobretudo o abuso sexual contra a criança e o adolescente. Em outras palavras, isso implica o cumprimento do artigo 26 Parágrafo 9º da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e do artigo 70-A, Inciso 13 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Para a organização, é fundamental que meninos e meninas tenham informações para compreender eventuais situações de abuso sexual e se proteger delas. O manifesto é um documento onde as pessoas colocam seus dados e assinam o texto em apoio à campanha, pelo site https://liberta.org.br/manifesto/.

A organização optou pela campanha devido à percepção tardia que muitas vítimas têm da violência sofrida quando eram crianças. “Alguns levam anos para entender que aquilo que viviam era, de fato, um crime”, diz o site do instituto. O Liberta pontua que, em 80% dos casos, os abusadores são pessoas próximas de seus alvos, e 61,3% das vítimas são menores de 13 anos. Além de acontecerem no dia a dia das vítimas de forma presencial, atualmente, a internet também se tornou ferramenta dos abusadores.

Os dados de uma pesquisa encomendada pelo Instituto Liberta alertam que 32% dos adultos entrevistados foram violentados antes dos 18 anos, totalizando 66 milhões de pessoas. Mas somente 11% denunciaram e só 26% contaram para alguém. “Cabe aos adultos, em casa e na escola, a tarefa de alertar crianças e adolescentes, de maneira adequada, de acordo com a sua idade, para que se defendam”, reforça.

Para mais informações, acesse o site: https://liberta.org.br/.

(Rafaela Eid, da Agência Pauta Social)

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