Em Minas Gerais, o Circuito Inclusão vem mudando a vida de crianças, adolescentes e adultos com deficiência, com diversos eventos esportivos inclusivos, como o Corrida e Rua Lazer. Como parte da programação, aulas de educação socioemocional também entraram na rotina da organização, a partir do apoio da Oliveira Foundation, entidade que trouxe o Programa Eu Lidero para o Brasil.
A fundadora da organização, Fabiane Oliveira, conta que os programas de educação socioemocional promovem o fortalecimento dos projetos sociais como o Circuito. Ela direcionou os esforços do Programa para as periferias porque é dentro das comunidades que os projetos sociais são mais necessários mas, ao mesmo tempo, desacreditados, pois a população se sente desassistida e sem esperança.
Fabiane nasceu na periferia de São Paulo e conhece bem a realidade.“Eu nasci em uma família pobre mas não me conformava com a vida de escassez. Fundei a Oliveira Foundation em 2019, pois sou um exemplo de que é possível mudar de vida a partir de uma nova mentalidade voltada para liderança”, revela Fabiane.
O programa Eu Lidero foca na auto-liderança, a partir do desenvolvimento das habilidades de relacionamento interpessoal e intrapessoal; fortalecimento da autoestima e valor próprio; gerenciamento das emoções; tomada de decisão responsável; liderança para maior autonomia; entre outros benefícios.
A Oliveira Foundation tem sede nos Estados Unidos, mas já atua nas mais diversas regiões brasileiras, de norte a sul do país. Para 2023, a previsão é que o Programa Eu Lidero beneficie 200 mil crianças e adolescentes. O programa tem o aval da Maxwell Leadership Foundation, que replica o método de transformação desenvolvido pelo best seller (New York Times) John C. Maxwell, que tem mais de 30 milhões de livros vendidos e 92 títulos publicados, sobre liderança.
O Circuito Inclusão, fundado em 2017 por Débora Batista, promove diversas atividades inclusivas para pessoas com deficiências de todas as idades, com a missão de proporcionar lazer para todos seus alunos, assim como suas famílias, trabalhar as questões socioemocionais e transformar a perspectiva de vida dessas pessoas. “Antes mesmo dela ser uma pessoa com deficiência, ali existe alguém que deseja realizar os seus sonhos” diz Débora.
Os principais valores do Circuito são: a inclusão social e o ato de brincar. A ONG acredita que o lazer deve ser para todos, independente de suas condições e que o ato de brincar torna a vida dos deficientes mais divertida. Débora iniciou o programa com suas filhas, pois uma delas, que é a Julia, não consegue falar por consequência de uma síndrome genética rara – a partir disso e tendo percebido que funcionou com suas filhas, ela decidiu ampliar o programa e atualmente tem por volta de 340 alunos.
O programa Eu Libero proporcionou uma oportunidade dos alunos do Circuito Inclusão de refletirem melhor sobre quem são, aprender valores essenciais e de fato serem incluídos na sociedade, indo além dos limites impostos em cima das pessoas com deficiências, algo que Débora reforça “a gente viu que se a gente trabalhasse o socioemocional de todos nossos alunos, conseguiríamos de fato contribuir para o sucesso de suas jornadas no esporte, cultura e principalmente no mercado de trabalho” diz.
O processo de seleção das organizações para fazer parte do programa Eu Lidero fica aberto por tempo indeterminado até o preenchimento total das vagas previstas para 2023. Todas as entidades têm acesso livre ao material didático (são três livros, com 16 lições, cada), além de 32 aulas, de 50 minutos cada, acompanhadas por moderadores, para que auxiliem os alunos nas atividades propostas.
Para participar do programa Eu Lidero, basta entrar no site da Oliveira Foundation e preencher o formulário.
