Quem Mandou Matar Marielle Franco? Nesta segunda-feira (24/07), a notícia da delação premiada do ex-PM Elcio Queiroz trouxe à tona novos desdobramentos no caso do assassinato brutal da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes. O Ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que Queiroz confessou sua participação no crime ao lado de Ronnie Lessa, que teria sido o autor dos disparos fatais.

O acordo de delação de Elcio Queiroz foi determinante para a deflagração da operação Élpis, que resultou na prisão preventiva do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, no Rio de Janeiro. Suel já havia sido preso anteriormente em 2020, acusado de se livrar do carro usado no assassinato, porém, encontrava-se em liberdade.

De acordo com Flávio Dino, Suel teria desempenhado papel importante no crime, participando de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle antes do fatídico dia e também auxiliando no encobrimento do crime após sua consumação. Além de Suel, a delação de Queiroz também teria apontado outros envolvidos, cujos nomes ainda não foram revelados.

A morte de Marielle Franco e Anderson Gomes ocorreu em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio de Janeiro, e chocou o país. Desde então, as investigações apontaram para a participação de milícias e do crime organizado no Rio de Janeiro no assassinato. Os ex-PMs Ronnie Lessa e Elcio Queiroz foram apontados como autores dos homicídios, sendo que Lessa teria efetuado os disparos enquanto Queiroz dirigia o veículo utilizado no crime.

Embora ambos tenham sido presos, ainda aguardam julgamento e enfrentarão um júri popular em data a ser definida pela Justiça do Rio de Janeiro. No entanto, uma questão crucial permanece sem resposta: quem foi o mandante desse crime brutal? O primeiro inquérito não conseguiu esclarecer se Lessa e Queiroz agiram por conta própria ou se receberam ordens de alguém.

A delação premiada de Elcio Queiroz abre novas perspectivas para as investigações. Ao fornecer informações relevantes e detalhadas sobre o crime, é possível que outros envolvidos sejam identificados e levados à justiça. Flávio Dino afirmou que, com base nas provas colhidas na operação Élpis, outras ações devem ser realizadas nas próximas semanas, o que pode revelar mais detalhes e esclarecer pontos obscuros desse crime que abalou a nação.

Neste momento, a defesa de Ronnie Lessa afirma que ainda não teve acesso à delação de Queiroz e, portanto, não pode fazer comentários sobre o caso. A reportagem também busca contato com a defesa de Elcio Queiroz para obter mais informações sobre o acordo.

É importante destacar que a busca por justiça não se limita apenas à identificação e julgamento dos autores materiais do crime. É fundamental desvendar a cadeia de responsabilidades e identificar o possível mandante, garantindo que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados perante a lei.

Marielle Franco foi uma voz corajosa em defesa dos direitos humanos, da igualdade social e das minorias. Sua memória continua viva na luta por uma sociedade mais justa e inclusiva. O desfecho desse caso é essencial para que sua família, amigos e todos os brasileiros tenham a certeza de que a impunidade não prevalecerá.

A resposta que todos esperamos está mais próxima e é imprescindível para que as memórias de Marielle e Anderson sejam honradas com a verdade vindo à tona. A busca pela justiça continua, e o Brasil anseia por um desfecho que resgate a esperança na efetividade das instituições e na valorização da vida e dos direitos humanos.

Agência Pauta Social