No dia 20 de março, comemora-se o Dia Mundial Sem Carne, uma data que vai além de simplesmente deixar de consumir carne por um dia. É uma oportunidade de refletir sobre os impactos da indústria da proteína animal no meio ambiente, na saúde humana e no bem-estar dos bichos.
A escolha por uma alimentação baseada em vegetais não apenas contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, como também promove a valorização de práticas alimentares mais éticas, sustentáveis e saudáveis. Isso porque quem não consome proteína de origem animal tem menos risco de adquirir doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2,sofrer de obesidade e desenvolver certos tipos de câncer.
Em todo o planeta, o 20 de março costuma ser lembrado por ONGs ligadas a essa causa, como o Fórum Animal, Sea Shepherd e Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), que – aqui no Brasil – vêm realizando ao longo deste mês a campanha Oceano Vivo: Pelo Fim da Pesca e Aquacultura.
Esta campanha busca conscientizar sobre os impactos negativos da pesca e aquacultura industrial nos ecossistemas marinhos, destacando questões como a sobrepesca, degradação dos habitats marinhos, captura acidental de espécies não-alvo e a contaminação dos oceanos por resíduos plásticos e químicos.
Com esses alertas, a campanha pretende fazer com que as pessoas reconheçam que os animais aquáticos são sujeitos de direito e sencientes, ou seja, sentem sofrimento, dor, medo e estresse; reforçar a necessidade de proteger nosso oceano; e promover mudanças positivas nos hábitos alimentares dos brasileiros.
A ação “Oceano Vivo” marca a participação brasileira em outra efeméride de proteção animal: o Dia Mundial pelo Fim da Pesca (“World Day for the End of Fishing”, ou WoDEF, na sigla em inglês), ação iniciada na Suíça em 2017. Ao todo, são 20 dias de atividades dedicadas a conscientizar a população sobre as vidas aquáticas, divididos em três eventos principais:
O primeiro é uma exposição com imagens e objetos sobre os impactos causados pela prática da pesca e da aquacultura, que acontece em São Paulo, no Memorial da América Latina, até o dia 30 de março.
O segundo evento será uma manifestação de ativistas pela Avenida Paulista, intitulada “Marcha pela Vida Aquática”, no dia 23 de março, às 13h, partindo do MASP (Museu de Arte de São Paulo) até a Barra Funda.
Por fim, haverá um seminário com palestras sobre a senciência dos animais aquáticos, o impacto da pesca nos mares e modos de substituir a proteína animal, no dia 23 de março, no Memorial da América Latina. A participação é gratuita e aberta ao público.
Outras informações sobre a campanha Oceano Vivo podem ser obtidas neste link.
(Pietra Nóbrega, da Agência Pauta Social)
