Cria Brasil promove encontro de comunicadores nas favelas

Evento realizado pelo grupo abordará temas sobre a importância da comunicação e promove a discussão sobre publicidade, jornalismo, criatividade, inovação, cultura, moda e tecnologia na periferia

Nos dias 17, 18 e 19 de agosto, o Grupo Cria Brasil Comunicação, negócio de impacto
social do G10 Favelas, realizará o “Favela Cria”, um encontro para discutir a comunicação
das favelas e periferias e que irá reunir comunicadores de todas as áreas e regiões do
Brasil. O objetivo do encontro é compartilhar experiências e conhecimentos sobre como
fazer uma comunicação assertiva dentro e fora das favelas brasileiras, explorando suas
distinções e potencialidades. O evento acontecerá no Pavilhão Social do G10 Favelas,
localizado na segunda maior favela de São Paulo, a comunidade de Paraisópolis.

Em 2012, O Grupo Cria Brasil nasceu como Agência Paraisópolis com a missão de
transformar a narrativa midiática sobre as favelas. Na época, já existia o jornal local, Espaço
do Povo, fundado em 2007 pelo o atual CEO e fundador do Grupo, Joildo Santos, a fim de
quebrar estereótipos de violência e marginalização associados às favelas, buscando
mostrar seu imenso potencial econômico, cultural e criativo, mostrando que coisas boas
acontecem nesses territórios constantemente.

Para Joildo Santos, CEO do Grupo Cria Brasil e morador de Paraisópolis há mais de 30
anos, construir narrativas positivas sobre a favela sempre foi o seu principal objetivo como
comunicador. “Como uma comunidade, era necessário fazer com que a favela saísse desse
quadro, de sempre ser retratada na mídia, como marginal e violenta, e mostrar o seu grande
potencial, por ter uma população economicamente ativa, mas que é esquecida pela
publicidade por não ser representada nos comerciais”, afirmou Santos.

O encontro de comunicadores ‘Favela Cria 23’ em Paraisópolis é uma iniciativa fundamental
para ampliar as vozes e perspectivas das comunidades periféricas e uma oportunidade de
discutir a importância da publicidade e do jornalismo nesses territórios, que muitas vezes
são estigmatizados pela mídia convencional.

Para falar sobre esses temas, o evento trará comunicadores com uma ampla visão sobre o jornalismo periférico e o jornalismo popular, como os jornalistas Gisele Alexandre, editora chefe do jornal Espaço do Povo e fundadora do EduCapão, Aline Rodrigues, do Periferia em Movimento, Eliane Trindade, da Folha de São Paulo, Fábio Turci, ex-repórter e apresentador da TV Globo e atual criador do podcast Existo, o repórter fotográfico Léo Britto, do Espaço do Povo e da Agência Mural, o ativista e diretor da ONG Journalists for Human Rights, Siyabulela Mandela, bisneto do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, entre outros.

De acordo com a diretora executiva do Grupo Cria Brasil, a jornalista Fran Rodrigues, a
ideia do encontro é fortalecer a narrativa midiática sobre as favelas, destacar o potencial
econômico, cultural, criativo e quebrar as barreiras e estereótipos que ao longo dos anos
têm prejudicado as comunidades.

“É um momento de compartilhar experiências e conhecimentos de quem vê de dentro para fora da favela. e vice e versa. Queremos mostrar que a favela utiliza de diversos meios para se comunicar com o asfalto, seja na publicidade, no jornalismo, na cultura ou na moda. Usamos criatividade, inovação e tecnologia para nos comunicarmos.” destaca Fran, que complementa “ Se as marcas querem alcançar o público das classes C, D e E, de forma efetiva, é crucial que considerem a importância da representatividade em suas campanhas”, pontuou Fran.

O relacionamento com as favelas permite que as empresas aumentem o ecossistema de
comunicação e atinja a todos os públicos. Segundo o presidente do G10 Favelas, Gilson
Rodrigues, é fundamental mostrar que as comunidades são consumidoras de produtos e
serviços e que ajudam com o impulsionamento da economia, representando uma parcela
significativa do Brasil.

“Juntas, as favelas movimentam R$202 bilhões de reais anuais, além
disso, as favelas são ricas em cultura, arte, conhecimento, talento e são economicamente
ativas, contribuindo com ações positivas para soluções do país. As marcas têm percebido
esse potencial consumidor e precisam falar com esse público, quem não está se
comunicando e investindo na favela está perdendo dinheiro”, disse Rodrigues.

O “Favela Cria” terá uma programação ampla, focada inteiramente na comunicação
segmentada com temas como jornalismo periférico, marketing de influência e publicidade
nas favelas, além de um desfile da Cria de Periferia, marca de moda que faz parte do grupo,
trazendo uma coleção completa de roupas e acessórios que evidenciam o orgulho e
pertencimento da favela, da diversidade e da valorização da cultura periférica.

A agência Cria Brasil já promoveu dois encontros de comunicadores e, neste ano, será a primeira
edição promovida por todo o grupo. Para participar do evento, basta apenas se cadastrar
gratuitamente pelo link (https://www.sympla.com.br/evento/favela-cria-2023-comunicacao-de-impacto/2063387) e doar um quilo (1 kg) de alimento não perecível para a campanha
de combate à fome do G10 Favelas.

Confira a programação aqui: https://www.sympla.com.br/evento/favela-cria-2023-comunicacao-de-impacto/2063387.

Fonte: Cria Brasil Comunicação

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