Avaliação de Impacto – Por que o Governo usa esse conhecimento

Por Carla Damião (*)

A avaliação de impacto tem se tornado uma ferramenta crucial para influenciar a maneira como os editais e projetos são concebidos e implementados no Brasil. Esta abordagem busca mensurar e compreender o alcance das ações, proporcionando maior eficiência e eficácia na alocação de recursos e na consecução de objetivos.

Neste artigo, exploraremos cinco motivos com exemplos práticos de como a avaliação de impacto transforma a forma como projetos são desenvolvidos no país pelo ponto de vista do Governo Federal.

O primeiro deles é a Tomada de Decisões Baseada em Evidências. A avaliação de impacto busca que os órgãos governamentais e organizações sem fins lucrativos tomem decisões mais embasadas. Por exemplo, o Ministério da Saúde pode utilizar essa abordagem para avaliar a eficácia de políticas de combate à epidemia de dengue. Ao analisar dados e evidências, o governo pode alocar recursos de forma mais eficaz, concentrando-se nas medidas que demonstraram ter um impacto real na redução da propagação da doença.

Em segundo lugar, temos o Aprimoramento Contínuo de Programas Sociais. Neste caso, a avaliação de impacto tem sido usada para melhorar programas sociais, como o Bolsa Família, programa de transferência de renda no Brasil. Essas avaliações são publicadas e fornecem insights sobre o funcionamento do programa, permitindo ajustes para torná-lo mais eficaz, além de ser um documento importante para defender e explicar os benefícios do Projeto.

A busca por Maior Transparência e Responsabilidade seria o terceiro motivo para o uso da avaliação de impacto na administração pública. Veja o exemplo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que avalia o desempenho das escolas públicas com base em resultados de aprendizagem dos alunos. Nele, a avaliação de impacto pode trazer segurança por meio de dados, estimulando  as escolas a prestar contas por seu desempenho e incentivando a melhoria contínua.

A Eficiência na Gestão de Recursos também está presente na avaliação de impacto.Por exemplo, uma prefeitura que deseja melhorar o transporte público pode conduzir uma avaliação para determinar quais investimentos têm maior impacto na redução do trânsito e na melhoria da mobilidade, permitindo que a prefeitura gaste seu orçamento de forma mais eficaz, focando em projetos que realmente beneficiam a população.

Por fim, a avaliação de impacto é capaz de promover Inovação e Adaptação de Projetos. Quando os resultados da avaliação mostram que um projeto não está alcançando seus objetivos, as organizações podem reavaliar e ajustar sua abordagem. No caso de uma ONG que fornece treinamento profissional, a avaliação poderá dar embasamento para modificação do currículo, com base nos resultados positivos e negativos, aprimorando assim a empregabilidade dos beneficiários.

A Umanitar Academy, startup alemã que trouxe para o setor social e administração pública capacitações em Gestão de Projetos com Certificação Internacional, treina órgãos do governo federal, promovendo a tomada de decisões baseada em evidências, melhorando a eficácia de programas sociais, aumentando a transparência e a responsabilidade, otimizando a alocação de recursos e promovendo a inovação.

Neste link é possível acessar o site da Umanitar e conferir o passo a passo de um exemplo prático de como seria a avaliação de impacto num projeto de combate à dengue do Ministério da Saúde. 

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(*) Carla Damião é Desenvolvedora de Negócios especializada em Gerenciamento de Projetos de Impacto Social. Finalista do prêmio britânico “SheInspires” na categoria de “Mudança Social; Diretora Executiva da Umanitar Academy; Palestrante e Editora de temas sobre Gestão Estratégica para OSCIs e Governos; redatora convidada dos jornais brasileiros Aupa Jornalismo, Nossa Causa e Folha de São Paulo; Conselheira da ONG “Mensagem para a Liberdade”; e Co-fundadora da ONG “Eu sou a Glória”.

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