Mapa do Acolhimento oferece atendimento psicológico e jurídico gratuito para mulheres vítimas de violência em todo o Brasil

Organização sem fins lucrativos, que conecta mulheres em situação de violência à uma rede de profissionais voluntárias, já recebeu mais de 13 mil pedidos de ajuda desde a sua fundação

Fundado em 2016 como uma campanha do Nossas, instituição que impulsiona o ativismo democrático e solidário no Brasil, o Mapa do Acolhimento é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é prevenir o feminicídio no Brasil. A plataforma oferece serviços de acolhimento psicológico e jurídico por meio de uma rede de profissionais voluntárias, para mulheres cis e trans, residentes do Brasil, maiores de 18 anos e que não podem arcar financeiramente com os atendimentos.

Com voluntárias em todos os estados do território nacional, o Mapa do Acolhimento já recebeu mais de 13 mil pedidos de ajuda e mais de 10 mil profissionais já passaram pelo voluntariado, entre psicólogas e advogadas. A organização conta uma tecnologia própria, desenvolvida por mulheres e para mulheres, que permite que uma mulher em situação de perigo receba, em apenas alguns minutos, o contato de uma voluntária para que possa dar início ao atendimento.

O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de países com mais feminicídios no mundo, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Embora o país tenha a Lei Maria da Penha, uma das legislações mais abrangentes do mundo para o enfrentamento à violência de gênero, os recursos direcionados às políticas de atendimento às vítimas ainda são insuficientes para minimizar ou, até mesmo, resolver o problema. Existe também uma grande variação na implementação da estrutura pública adequada em diferentes partes do território nacional.

O resultado dessa lacuna é que nem todas as mulheres brasileiras têm acesso ao apoio do Estado quando sofrem violência e, mesmo quando existem equipamentos, como o Centro de Referência da Mulher ou delegacias próximas à essas mulheres, muitas delas encontram profissionais despreparados e não recebem o acolhimento que necessitam.

A ausência de um atendimento público, acessível e qualificado perpetua o ciclo da violência. Encontrar o suporte adequado quando elas decidem pedir ajuda é determinante para quebrar esse ciclo. Para esse tipo de situação, é fundamental que haja iniciativas da sociedade civil, como o Mapa do Acolhimento.

“Quando o Mapa do Acolhimento nasceu, a conexão entre as mulheres que pediam ajuda e as voluntárias era feita por nós manualmente, o que levava a uma espera maior do que gostaríamos. Hoje, com o ‘match’ acontecendo de forma automatizada, temos um ganho enorme na experiência, tanto das mulheres acolhidas quanto das voluntárias”, conta Gabriela Silva, responsável pela gestão da área de Atendimento do Mapa do Acolhimento.

Quando o sistema não encontra uma profissional nas proximidades, as vítimas recebem ajuda pelo Mapa de Serviços Públicos, para que elas não fiquem desamparadas e possam identificar o equipamento público mais próximo de suas residências.

O Mapa do Acolhimento entende que o problema da violência de gênero no Brasil, país de proporções continentais, é altamente complexo, então busca aumentar o impacto do trabalho da organização na vida das mulheres. Por isso, desde 2021, vem ampliando sua atuação. Com o objetivo de lutar contra a violência de gênero, a organização trabalha pelo fortalecimento das políticas públicas de atendimento às mulheres, por meio de iniciativas de incidência política, como a mobilização de pessoas por meio de campanhas digitais.

 (Com informações da Assessoria de Imprensa)

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